Somos seres sociais, e não vivemos isoladamente, viver em sociedade pode trazer muitos conflitos, mas necessário. Essa convivência também traz interações simbólicas ricas para nosso desenvolvimento como seres humanos.
Por mais que as pessoas possam ser diferentes, algumas coisas não diferem… Em essência todo ser humano tende buscar a mesma coisa: ser aceito e amado.
São suas semelhanças e diferenças que fazem você se distinguir de determinados grupos, num movimento de afastamento e aproximação de outros. Na sociedade existem subculturas e subsociedades, que são grupos de indivíduos que se estabelecem por interesses comuns. São afinidades unânimes, valores partilhados, assim como pensamentos, hábitos, formas de ver a vida, e até de se vestir, que mantêm a coesão destes grupos, traduzindo em uma identidade comum. O sociólogo Michel Maffesoli conceitua esses grupos como tribos urbanas. São exemplos os metaleiros, góticos, patricinhas, skatistas, surfistas, hippies, nerds, funkeiros, emos, rappers, clubbers, grafiteiros, pagodeiros, sertanejos, motociclistas, entre outros. Essa união faz com que as pessoas que compõem as tribos sintam-se parte de um coletivo, com sentimento de pertencimento a um grupo.
De que tribo você faz parte?
SOBRE A TRIBO DO MOTOCICLISMO E SUAS SUBTRIBOS
O Motociclismo é muito amplo, e muito antigo. Permeado por tradições, incorporando transformações, não é um movimento único, mas constituído por várias subdivisões.
Digamos que o motociclismo é um gênero musical: o rock, e dentro dele há várias subdivisões, o rock in roll, o indie rock, heavy metal, punk, hard rock, grunge, new metal, death metal, clássico entre tantos outros. No universo das motos vemos variados estilos: a custon, street, trail, esportiva, naked, scooter, off road, touring, triciclo e outros. Existe um tipo de estilo para cada gosto, e isso que é interessante, pois apesar de inúmeras diferenças é a mesma essência. Na música o ritmo, a batida e embalo causam a mesma emoção. Na moto pilotar, fazer curvas, acelerar e sentir o vento batendo despertam a mesma paixão.
Independente da tribo, somos todos indígenas, pertencemos às mesmas raízes, mas elas não nos prendem, nos dão suporte para crescermos, alimentando nossos ideais para florescermos em nossas próprias direções…
É impressionante a complexidade das coisas. Não imaginava que no mundo do motociclismo tivesse tamanha complexidade envolvida. Muito interessante o artigo!